quarta-feira, julho 19, 2006

Sobre destinos - parte II

Um ano da morte de Jota Bê. Grande companheiro, cientista social, anarquista militante, capoeirista, pai de Flora e quem me iniciou nas leituras de Nietzsche. Compartilhamos muitas coisas, poemas e sentimentos vários diante dessa injustiça toda que domina o mundo. Quero que sua sapiência esteja sempre viva dentro de mim.

Ele, junto à Fábio e Zeca (este que também se foi vítima de uma violência estúpida!). Serão eternos heróis de minha juventude. Não os esquecerei nunca e nem de nada que tenham me ensinado.

E amanhã comemoremos o dia do amigo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Um ser humano lindo...
Sensível, amigo, companheiro das lutas na educação popular e saúde...
Um ser humano que em sua última passagem por esta vida apostava nas pessoas e na transformação social.
Um cara meigo, vibrante e que transpirava vida no brilho de seu olhar...
Aos que ainda estão por aqui, as saudades nos acompanharão, mas o prazer de termos compartilhado nossas vidas com esta pessoa linda, nos dá a certeza que devemos lutar e acreditar ainda neste nosso planeta Terra...

E que Flora possa crescer tão linda e guiada pelo seu pai... aonde quer que ele esteja...

Evandro Q? disse...

O Livre Iniciativa foi um dos grupos juvenis mais expressivos que eu já vi acontecer no Recife, o Jota Bê, Fábio, eu e Zeca éramos o núcleo desta história. A criação disso foi de um cara chamado Josinaldo Júnior. Bem, além disso éramos muito amigos... o Jota Bê e o Zeca foram caras extremamentes significativos na minha formação política e senso crítico. Trocávamos muito conhecimentos e práticas libertárias. Talvez se não nos conhecêssemos o Zeca não tivesse tornado-se capoeirista angoleiro "mezo-somático", o Jota Bê não tivesse ido cursar Ciências Sociais e eu não seria o ativista político que sou hoje. Pena que os livros que compramos e guardamos todo o tempo na casa do Zeca sumiu, pena mesmo, pois um pouco antes de sua morte tínhamos decidido montar uma biblioteca, estávamos com a idéia de captar recursos e adquirirmos mais livros para estudos políticos e queríamos que a opulação tivesse acesso. Esta biblioteca foi o último assunto de nossas longas conversas, nosso último projeto. Que Flora e Lucas cresçam com alegria mas sem alienação!